domingo, 28 de março de 2010

MARIANELLA GARCIA VILLAS – SUAS IDÉIAS, SEUS IDEAIS, SEU SACRIFICIO


A história está repleta de personagens que tiveram a alegria de viver, lutando pelas suas idéias e ideais, e até sacrificando suas vidas por tudo aquilo que achavam corretos. Nossa vida, no entanto, não se manifesta apenas em confrontos, discussões e lutas.
O bom viver também se manifesta nas “pequenas coisas”, às vezes não percebidas pela comunidade, como ter e manter uma boa família, manter seus amigos, trabalhar com afinco e responsabilidade, ter seu lazer com aqueles que lhe são queridos, ser caridoso e atencioso etc.
Assim se manifestava Marianella Garcia Villas, uma advogada nascida em El Salvador, em 1948, que se dedicou à proteção de seus conterrâneos, fundou uma Associação dos Direitos Humanos, participou dos trabalhos de Dom Oscar Romero, também martirizado pelos seis ideais, e por fim adotou atitudes para coibir os abusos e desumanidades flagrantes que o governo despótico salvadorenho infligia aos habitantes. Passou a investigar a morte, desaparecimento e tortura de seus conterrâneos, acarretando para si à ira do governo sendo presa e também dada como desaparecida em 1983. Deixou uma carta escrita em 1980 que demonstra o que a movia nas suas atitudes e trabalhos:

“Eu luto pela vida. Um trabalho real que vale a pena. Não tenho nenhum desejo de morrer e de suas conseqüências que a vejo agora como algo natural. Todos nós devemos morrer um dia, mas a morte sempre virá cedo demais para o homem ou a mulher que tem uma intensa sede de viver. Cada minuto que passa tem um significado, uma profundidade maior do que qualquer outra coisa, mesmo que pareça comum e rotineiro. Cada rajada de vento, cada canto da cigarra, cada revoada de pombas é como um poema. Sei que os trabalhos pela justiça sempre terão o direito a seu lado e receberão a ajuda de Deus; estes irão prevalecer e a verdade resplandecerá.
“É melhor ser rico de espírito do que de bens materiais.” ]

TIRADENTES – HERÓI DA LIBERDADE, DA INCONFIDÊNCIA, SUA REALIDADE



No dia 2l de abril comemoramos 218 anos da morte de Tiradentes, uma das alcunhas do alferes Joaquim José da Silva Xavier. Executado no antigo largo da Lampadosa, atual Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Está com a barba e o cabelo raspados, veste um camisolão de pano branco grosseiro, traz um crucifixo nas mãos atadas; vem num cortejo da atual praça XV acompanhado da multidão, sobe o cadafalso e é enforcado segundo a sentença de Maria I, a rainha portuguesa que decretou: ”... conduzido em via pública, ao lugar da forca para morte natural (!) e bem seja cortada a cabeça para exposição em Vila Rica, em lugar público... e o corpo dividido em quatro partes espalhado em postes no Caminho de Minas até que o tempo o consuma...”
Nos bancos escolares é apresentado como herói da Inconfidência Mineira, sem, no entanto, esmiuçar o currículo do mineiro também conhecido como “Corta-vento”, “Liberdade” e o médico e dentista “Tiradentes”.
Nasceu em 1746, na Fazenda do Pombal, nas cercanias de S. João Del Rei do Rio das Mortes, hoje município de Tiradentes; ficou órfão aos 12 anos e trabalhou nas terras herdadas com seus irmãos como lavrador; a partir dos 20 anos passou a exercer a função de dentista, daí sua alcunha, oficio aprendido com seu padrinho; foi tropeiro de mulas, no Caminho Novo, sertão mineiro; trafegou até o Rio de Janeiro e Bahia. Sua remuneração era escassa, vivendo com dificuldades. Nessa ocasião foi detido pelas autoridades pela primeira vez, por defender um escravo. Labutou também como minerador e medico até alistar-se como alferes (= subtenente), no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais, onde comandou por diversas vezes destacamentos em perigosas missões para enfrentar os ladrões de ouro, diamantes e produtos da pecuária e agricultura, que grassavam na região. Não foi reconhecido pelos seus superiores, por preconceito, inveja, com humilhações, até mesmo pelo comandante da guarda Luiz da Cunha Menezes; era sua “pedra de tropeço”, que todos nós deparamos na nossa existência. “Pelos caminhos do mundo nenhum destino se perde, há um grande sonho dos homens e a surda força dos vermes.”
Tiradentes também apresentou projetos para canalização do rio Maracanã, Rio de Janeiro, com construção de córregos, tanques, construção de trapiches, do cais para as barcas Niterói-Rio, sem o devido apoio das autoridades de então, mas que anos depois foram projetos aceitos, executados e até hoje utilizados diariamente pela população carioca.
Com a queda da produção mineral a Coroa Portuguesa passou a exigir mais dos mineradores, aumentando os tributos até mesmo sobre a produção pecuária e da lavoura.
Nessa época Tiradentes, após suas leituras e entendimentos com seus parceiros, passou a se influenciar com o desfecho da Revolução Francesa, com as idéias de Thomas Jefferson, com as lições dos iluministas Rousseau, Voltaire, Loche, Montesquieu, passando a reunir-se com outros mineiros também insatisfeitos com a administração portuguesa sufocante e que projetavam a nova República de Minas: Tomas Antonio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, José Joaquim Maria, Domingos Barbosa, Cláudio Manoel da Costa, Francisco Paula Freire e outros. Foi criada a bandeira com a inscrição “libertas quae será tamen”, extraída da 4ª.Égloga( = poesia recitada em diálogo), de autoria de Virgilio, celebre poeta latino falecido em 19 a.C. “Liberdade ainda que tardia”.
Esboçaram os planos e diretrizes da república brasileira e propuseram a revolta para o dia da “derrama”, uma cobrança exorbitante e forçada de 538 arrobas de ouro, com confisco dos bens, executada pelo governador Luis Antonio Furtado de Mendonça, Visconde de Barbacena; todavia, no meio dos revoltosos surgiram os traidores o coronel Joaquim Silvério dos Reis , Inácio Pamplona e Basílio Brito Malheiros, que, com a promessa de isenção da quota da “derrama” e perdão das suas dívidas, denunciaram toda a trama.
Foram presos 28 réus, alguns sentenciados com o exílio e condenação de morte; as penas foram comutadas, restando o enforcamento de Tiradentes.
Mas a história nos ensina. 30 anos depois, D. Pedro I, herdeiro da família real, proclama a independência do Brasil, concretizando parcialmente os propósitos do alferes, dentista, médico, agricultor, minerador, tropeiro, projetista, herói de Minas, Patrono cívico do Brasil etc.
Recordamos-nos de Cecília Meirelles que nos informa:
”Liberdade – essa palavra que não há ninguém que explique e ninguém que não a entenda!”


Bibliografia:

Cecília Meirelles – “Romanceiro da Inconfidência”, Edit. Aguilar, 1994.
Fundação Cultural Chico Boticário, Rio Novo, edição ano 1, n. 1.
Júlio J. Chiavenatto, “As várias faces da Inconfidência Mineira”, 1989.

domingo, 21 de março de 2010

Campanha da Fraternidade 2010


Com o objetivo de unir as Igrejas Cristãs e os homens e mulheres de boa vontade, a CNBB (Conselho Nacional dos Bispos Brasileiros) e o CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil) instituíram a Campanha da Fraternidade 2010, sob o tema “Economia e Vida”, com base no ensinamento bíblico “Você não pode servir a Deus e ao dinheiro”, MT, 6, 24.
Mais do que nunca há necessidade premente e inarredável de estabelecer o “ver, julgar, agir e avaliar” nos diversos e diários extremos da vida hodierna em que:
- prevalece a falta de justiça;
- o estado de inquietação social;
- a falta de solidariedade e fraternidade;
- a fome em função do estado de pobreza social a que chegou o povo, daí decorrendo o que muitos teólogos declaram que “a fome é a mais cruel forma de tortura e terrorismo”;
- a má distribuição da renda;
- as questões do trabalho, prevalecendo à informalidade, o trabalho escravo, o desemprego;
- o uso incorreto e restrito da terra, com a proteção dos recursos naturais, da terra e da água;
- a falta de condições de estudo, com escolas insuficientes, currículos inadequados, material escolar inacessível, professores desmotivados com baixos salários;
- saúde pública em muitos casos falida;
- insensibilidade dos homens públicos;
- a tributação excessiva, a concentração de renda, consumismo exagerado;
- o flagrante descaso das nações ricas e dominadoras que só pensam no lucro e se esquecem do
homem .

A “Economia e Vida” nada mais é que a administração do bem comum para que todos “tenham vida e vida em abundância”, conclamando as Igrejas, as comunidades e a sociedade em geral para implantar um sistema econômico solidário e justo para todas as pessoas.
O Evangelho de S. Mateus anunciado é justamente a passagem que mos fala da esmola, da oração do Pai Nosso, os tesouros da terra e do céu, como devemos agir com olhos, pensamentos e corações puros: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque há de aborrecer um e amar outro; ou há de acomodar-se a este e desprezar aquele; você não pode servir a Deus e ao dinheiro.”
Com efeito, o que a Campanha propõe é a aplicação da lei eterna e natural deixada pelo Criador, imutável, norma suprema de toda moralidade e universal, e que para melhor explicá-la nos socorremos de dois clássicos:
Santo Agostinho: “A lei eterna é razão e vontade divinas que mandam observar e proíbem alterar a ordem natural.” e
Santo Tomas de Aquino: “Ao plano da divina sabedoria que dirige todas as coisas e movimentos das criaturas em ordem no bem comum de todo o universos, chamamos de lei eterna.”

Casamento

Casamento

Tulio Americano

Tulio Americano

CUIDE de seu Pai

Cuide do seu Pai pois ele viveu e vive para você.
Cuide de seu Pai como um filho pois foi assim que ele cuida até hoje de você.
Cuide de seu Pai por gratidão.
Cuide do seu Pai pois mesmo diante de todos os erros cometidos, a intenção dele foi acertar.
Cuide de seu Pai i pois ele está idoso e precisa de você.
Cuide de seu Pai com carinho.
Cuide de seu Pai para se interessar por ele e pela vida dele.
Cuide de seu Pai pois ele é seu Pai e deve respeitá-lo acima de todas as coisas.
Cuide de seu Pai para zelar do futuro dele com você.
Cuide do seu Pai pois chegou a hora de assumir a responsabilidade de dar atenção para ele.
Cuide de seu Pai pois ele é o cara que mais te ama no mundo.
Cuide de seu Pai simplesmente.....por amor!